Cauã Reymond diz que o esporte lhe afastou das drogas


Cauã Reymond diz que o esporte lhe afastou das drogas - Divulgação/TV Globo
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O rótulo de galã era inevitável. Estavam ali todos os ingredientes: ex-modelo, ex-atleta, boa-pinta. Mas a gente sabe que o conteúdo é mais do que o que vem descrito na embalagem. Confiante no próprio taco, Cauã Reymond escolheu o caminho menos fácil e foi desconstruindo a imagem que se esperava dele. Tanto que Playboy, chefe do tráfico que ele encarna no recém-estreado longa-metragem Alemão, não é exatamente um ponto fora da curva, mas o exemplo mais óbvio de uma galeria de personagens de sua carreira que não cabem na prateleira dos mocinhos clássicos. Entre eles, o sedutor Leandro de Amores Roubados, que teve seu destino trágico traçado por suas atitudes inconsequentes, e o ex-policial André, da série O Caçador, prevista para estrear em abril na Globo.
“É uma escolha sim. Todo personagem me coloca num universo diferente, isso faz com que eu queira mergulhar nesse lugar. Gosto quando o personagem é ambíguo. O ser humano é rico, tem muitas coisas acontecendo dentro da gente”, conta o carioca, de 33 anos, em entrevista ao jornal Extra, ressaltando que sai de um traficante no cinema para um tipo bem obscuro na telinha. “É interessante trabalhar esse tipo de energia”.
Playboy não veio até ele — Cauã abriu mão do convite para ser um policial infiltrado na favela e ficou com o criminoso, papel que repete em breve em Alemão 2, que tem até roteiro pronto. E fez o dever de casa: guiado por MC Smith (que vive o bandido Mata Rindo no filme), circulou pelo complexo, tomou café na casa de moradores, ouviu funks ‘proibidões’ para aprender a linguagem do morro e conversou com pessoas que já tiveram envolvimento com o tráfico.
Estudou a hierarquia do crime organizado, mesmo que a informação não tenha sido usada no filme. Mas, se a experiência no Alemão nasceu da necessidade profissional, a passagem pelas apertadas vielas da comunidade também acabaram expandindo a visão do intérprete.
“Fui ao centro comunitário de lá, que é superbem organizado, mas fiquei me questionando: tem 200 mil pessoas no Complexo do Alemão. Você traz a UPP, traz segurança, mas um centro é muito pouco. Se você tira alguma coisa do dependente químico, tem que dar outra. Muitos se salvam pelo esporte, pela arte. Além do laboratório, fui amadurecendo meu olhar”, destaca ele ao jornal Extra.
Cauã, que também já interpretou o outro lado da moeda na tevê, quando viveu o ex-ciclista Danilo, viciado em crak em Passione, na Globo, acredita que o Brasil ainda não está preparado para a descriminalização de drogas.
“É um assunto que devia ser melhor estudado. Outras coisas têm que funcionar antes de a gente liberar isso, liberar aquilo, como a educação. A gente ainda não está organizado para isso”, opina ele, que foi criado na divisa da Gávea com a Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro,  e teve contato com maconha cedo, mas diz nunca ter tido vontade de experimentar. “Acho que o esporte me afastou. Era sério, muito geração saúde”.
Sobre o fato de Amores ter chamado mais atenção pelas cenas sensuais do que pelos belos momentos dramáticos, ele contemporiza....

Fonte :  ofuxico.com.br
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